Entender o que são despesas fixas e variáveis é essencial para quem quer organizar o orçamento e ter mais liberdade financeira.
Afinal, tanto uma quanto a outra estão constantemente na nossa vida, sendo que a despesa fixa é aquela mais difícil de cortar, enquanto a despesa variável é mais fácil. Inclusive, essa é a lógica adotada pelas empresas.
O que é despesa fixa?
Uma despesa fixa é aquela que você terá todo mês no seu orçamento. Ou seja, os gastos que praticamente não se alteram no mês, ou alteram pouco de um mês para outro, por exemplo:
- Aluguel;
- Prestação a casa;
- Água;
- Energia elétrica;
- Alimentação básica;
- Vestuário básico;
- Transporte.
Há alguns autores que classificam as despesas fixas como aquelas essenciais para nossa sobrevivência. Por exemplo, o aluguel.
Também precisa de água para tomar banho, se hidratar e até cozinhar os alimentos. Precisa de energia elétrica, de alimentos básicos, precisa se vestir e ir trabalhar.
Note que essas despesas são muito difíceis de serem cortadas por estarem relacionadas diretamente com nossa sobrevivência.
Por isso, o ideal é que elas não sejam superiores a 50% do total do nosso ganho mensal.
O que é despesa variável?
As despesas variáveis são aquelas mais fáceis de ajustar quando a situação aperta. Pois, elas não estão diretamente relacionadas a nossa sobrevivência, mas sim ao estilo de vida que levamos.
Por exemplo, você pode ser uma pessoa que gosta muito de ir para a balada, assistir filmes, ter um carro de luxo, viajar. Dentre as despesas variáveis, as mais comuns são:
- Prestação de carro;
- Gastos com lazer;
- Alimentação fora de domicílio;
- Gastos supérfluos do supermercado;
- Viagens;
- Roupas caras.
As despesas variáveis são mais fáceis de serem cortadas do orçamento quando a situação aperta. Por isso, é preciso ter 50% dos nossos ganhos livres das contas fixas e alocados somente nos gastos variáveis.
Contudo, o ideal é ajustar os gastos variáveis para 30% para sobrar ao menos 20% para você guardar no mês.
Assim, é possível construir sua reserva de emergência, e posteriormente, sua estabilidade financeira.
Qual é a composição do orçamento familiar?
Cada família tem o seu próprio tipo de orçamento. Afinal, ele varia muito. Há quem gaste mais com alimentação, farmácia e outros com lazer, etc.
Quem tem filhos pode gastar mais com educação. Enfim, há uma infinidade de despesas fixas e variáveis que divergem de uma família para outra.
Portanto, sempre que uma família precisa refazer o orçamento para cortar gastos, o primeiro passo é classificar todas as despesas entre despesa fixa e variável.
E para ajudar nessa classificação, são adotados alguns conceitos. O mais comum é pensar na sua sobrevivência. Pois, os gastos fixos são aqueles essenciais para você viver, e os variáveis não são tão essenciais assim.
Assim, a despesa fixa não é aquela que não se mexe. Ela até pode variar um pouco, mas, em uma elasticidade menor do que as despesas variáveis. E por se tratar de despesas relacionadas a nossa sobrevivência, são mais difíceis de serem cortadas.
Como cortar uma despesa variável?
Para cortar uma despesa variável, basta mudar o estilo de vida. Por exemplo, uma mensalidade escolar é vista como despesa fixa, mas, na verdade ela é variável.
Pois, por mais que a educação seja essencial, existe no Brasil a rede pública de ensino.
Logo, em uma situação de aperto, é possível extinguir esse gasto. Assim como você pode cortar as viagens, o carro de luxo pode ser substituído por um básico, a alimentação fora de domicílio pode acabar, etc.
Logo, em uma situação de aperto, a despesa variável é o primeiro ponto que você precisa diminuir.
Então, lembre-se que ela é relacionada ao seu estilo de vida. Basta mudá-lo para cortar as despesas variáveis do orçamento.
Como cortar uma despesa fixa?
A despesa fixa é aquela mais difícil de cortar. Assim, primeiro você deverá diminuir as despesas variáveis, para posteriormente ver o que pode ser feito em uma despesa fixa.
Geralmente, o corte na despesa fixa acontece substituindo marcas e produtos no supermercado. Trocar a carne pelo ovo, comprar um arroz mais barato, um café mais em conta.
Outro ponto é deixar de ir de carro ao trabalho para ir de ônibus, diminuindo o gasto com transporte. Outra forma é mudar de uma casa maior para uma casa menor.
Repare que são gastos que mexem na nossa sobrevivência, e por mais que você corte eles, o valor final terá pouca representatividade por conta da elasticidade desses gastos.
Qual é o orçamento ideal para uma família?
O orçamento ideal é manter 50% dos seus ganhos em despesas fixas, 30% em despesas variáveis e 20% para construir a sua reserva de emergência. Essa é a melhor maneira de evitar imprevistos e ter mais tranquilidade financeira.
A reserva de emergência deve ser igual a seis meses dos seus gastos, considerando a junção dos custos fixos e variáveis.
Uma vez com a reserva construída, os 20% podem ser usados para começar os investimentos em renda variável diversificadamente.
Adotando esses critérios é muito mais fácil de você ter mais tranquilidade em uma situação de aperto.
Pois, seu orçamento não é 100% comprometido e você terá uma reserva de emergência para passar por uma situação financeira difícil.
Por isso, é essencial entender o que são despesas fixas e variáveis e mantê-las controladas.
O que são despesas fixas e variáveis?
Em suma, um orçamento familiar é composto por despesas fixas e variáveis, sendo as primeiras mais difíceis de cortar, enquanto as últimas são mais fáceis por não estarem relacionadas a nossa sobrevivência.
Para o bom controle de um orçamento é preciso anotar constantemente as despesas fixas e variáveis, deixando um espaço para construir a reserva de emergência e até mesmo investir na sua liberdade financeira.
Por conta da inelasticidade dos gastos fixos, conclui-se que as empresas ligadas a venda de alimentos, farmácia e combustível sofrem menos com a crise, visto que são os últimos cortes de um orçamento familiar.
Para saber mais sobre o que são despesas fixas e variáveis, veja o vídeo do canal Stephanie Kalynka.